A formação do Sistema Solar
Nosso Sistema Solar teve origem há aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Diversas teorias foram criadas a respeito desse evento, mas uma das mais aceitas atualmente é a da formação através de uma nebulosa, a Nebulosa Solar Primitiva. Essa gigantesca nuvem de gás e poeira, muito provavelmente recebeu uma onda de choque vindo de uma supernova próxima (explosão de uma estrela) e entrou em colapso gravitacional. Antes não havia forma definida, porém, devido à força da gravidade que vai atuando sobre a mesma, acaba entrando em rotação com altíssimas velocidades, achatando-se e ficando em forma de disco.
Foram encontrados, pelo telescópio espacial Hubble alguns desses discos de formação planetária na constelação de Órion, que ajudam muito os astrônomos a enxergarem algo parecido com o que aconteceu a bilhões de anos aqui no nosso Sistema Solar.
Com o passar dos anos, e ainda nesse processo rotacional, surge no centro da nuvem o que é conhecido como protoestrela, ou seja, ela ainda está em sua fase embrionária, com sua energia sendo formada pelo colapso gravitacional existente. Esta, por sua vez, está ficando mais quente pois está diminuindo seu tamanho, porém ainda não é capaz de fazer a fusão nuclear que ela fará em sua fase principal.
Cerca de 1 milhão de anos passados dessa fase, o Sol já absorveu toda a quantidade de gás necessária para sua formação. Sabemos que o Sol possui 99,85% de toda a massa do Sistema Solar e a partir de agora se inicia a formação dos planetas ao seu redor, com o restante da matéria proveniente. Mais próximo da estrela, a temperatura é altíssima e é nesse local onde os planetas rochosos irão se formar, pois as partículas de poeira e metal vão colidindo entre si e se solidificando. Conforme se chocam, essas partículas começam a se unir pela fricção e eletricidade estática e quando adquirem tamanho grande e gravidade própria, passam a ser chamados de planetesimais. É próximo ao Sol que se formaram os planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), que são também os menores, comparados aos 4 gigantes gasosos. Isso se dá porque ali nas proximidades havia pouco material como rochas e metal para formar esses astros e mais distante na nuvem foram se formando os gigantes gasosos que tinham materiais e gás de sobra para crescerem e se tornarem o que são hoje. Conforme iam crescendo, sua gravidade ia aumentando e com isso mais matéria iam “sugando” para si.
Milhões de anos após todo esse processo, os intensos ventos proeminentes do Sol em formação lançaram todo o restante dos gases que ainda restavam no novo sistema solar para fora dele, deixando-o assim limpo.
Ainda existem milhões de rochas perdidas e vagando entre as orbitas de Marte e Júpiter, mas devido à gravidade extrema do gigante, eles nunca formaram planetas, dando origem assim ao Cinturão de Asteroides, onde diversos desses objetos são estudados hoje como método de prevenção para eventuais encontros com o nosso planeta.
O mesmo ocorre com o Cinturão de Kuiper, que fica além da orbita de Netuno, onde os planetesimais não conseguiram se formar por não ter uma quantidade suficiente de materiais e também pela influência gravitacional dos gigantes gasosos vizinhos.
Cerca de 50 milhões de anos do início de todo esse ciclo, o Sol enfim, torna-se uma estrela, ou seja, devido às altíssimas temperaturas em seu núcleo e a enorme pressão, este começa a queimar hidrogênio a partir da fusão nuclear. O mesmo terá combustível para queimar por 10 bilhões de anos.
Nos primeiros milhões de anos, reinava o caos no nosso Sistema Solar, onde a Terra e todos planetas internos eram bombardeados por milhares de asteroides e outros corpos celestes lançados pela gravidade monstruosa de Júpiter e Saturno, principalmente pelo primeiro, que depois do Sol é o astro com maior gravidade em nosso Sistema.
Atualmente, vivemos momentos de calmaria, mas nosso planeta ainda é muito atingido por corpos celestes menores, como meteoritos e até mesmo poeira. Estima-se que 100 toneladas destes objetos nos atinjam todos dias.
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